A FINA ARTE DA NAVEGAÇÃO ALEATÓRIA.

O Eternauta

E aí, já assistiu? Tá no Netflix. Tudo começa com uma estranha nevasca caindo em Buenos Aires e matando quem entra em contato com a estranha neve. Os poucos sobreviventes, entre eles o protagonista, decidem se organizar para sobreviver. E já confirmado que terá uma segunda temporada.

A obra original foi escrita por Héctor Germán Oesterheld no final dos anos 1950 e desenhada por Francisco Solano López. Em 1969 ele reescreveu O Eternauta, dando um viés mais político, com outro desenhista, o espetacular Alberto Breccia.

Mas, pessoalmente, o que mais me comove nessa história é a história pessoal do autor, Oesterheld, morto pela ditatura argentina em 1977 (outras fontes dizem que foi morto só 1978). Mas antes da morte de Oesterheld, o governo militar da época fez questão de torturar e matar as 4 filhas do autor. Duas delas, grávidas.

O lema da HQ e da série ainda é o mesmo e reflete como era a vida na ditadura: a única maneira de sobreviver é resistir, lutar juntos e ninguém se salva sozinho.

Arte da capa da edição mexicana: Dr. Alderete. E aqui um documentário sobre a HQ.

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