Tô achando um absurdo as vaias que são disparadas por tudo e por nada durante as competições dos Jogos Pan-americanos Rio 2007. Em praticamente todas as provas ouço a torcida vaiando os adversários do Brasil sem motivo aparente. Hoje li dois textos que traduzem bem a minha visão desse Pan-americano do Rio de Janeiro:
Um é do Antonio Prada e fala sobre o jeitinho brasileiro incorporado na organização. Veja a explicação do Prada sobre algo que acontece nos bastidores:
Na área de entrevistas do Maracanã, chamada de Zona Mista, enquanto jornalistas se espremem para conseguir a declaração de Marta, uma nuvem densa de voluntários (mais de 20) se posiciona à frente da área. Objetivo: tirar fotografias, colher autógrafos e tietar. Alguns voluntários, aliás, sabem fazer isso muito bem. Preferem ficar perto dos famosos e ver as partidas a orientar ou cumprir as funções pan-americanas.
Bem a cara do brasileiro que não tá nem aí para os outros e faz tudo em benefício próprio, como os nossos políticos que tiram vantagem de suas posições no Congresso.
O outro texto é apenas um entre os vários que li sobre o comportamento repugnante da torcida brasileira nesses jogos. A Fernanda Brambilla abre a matéria com o seguinte parágrafo: Depois de derrubar um ginasta da barra e causar um tumulto entre atletas no judô, foi a vez da torcida brasileira marcar presença nas provas disputadas no estádio João Havelange. No atletismo, porém, a estratégia foi usar as já famosas vaias aos estrangeiros.
Me lembro também que vaiaram a delegação dos Estados Unidos na cerimônia de abertura e vaiaram só pelo fato de serem norte-americanos. Vaiar o Bush seria aceitável, mas vaiar os atletas, sem que esses tenham provocado ou demonstrado um comportamento indevido, é ser muito sem noção. O mesmo vale para as vaias do Lula, que até poderiam ser merercidas mas este definitivamente não era o evento para isso.
Está faltando espírito esportivo e sobrando espírito de porco entre os torcedores desses Jogos Pan-americanos Rio 2007.
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