A FINA ARTE DA NAVEGAÇÃO ALEATÓRIA.

Tag: Netflix

  • Robin Robin

    A Aardman ataca novamente. Com uma animação stop-motion natalina ao melhor estilo da Rena do Nariz Vermelho: Robin Robin. O curta conta a história de uma rolinha criada por ratos que sonha em também ser um rato. Em cartaz no Netflix (tem dublado também, mas prefira o original).

    Um pequeno preview do making of:

  • Bandidos na TV

    Até o NETFLIX exibir em série a sinistra história do apresentador de TV que matava para ter audiência, o que eu sabia do programa Canal Livre era da briga do tio da esfiha com o manipulador de bonecos, aí acima…

    Mas eu vi o primeiro episódio, achei surreal demais… bom episódio. Quero ver os demais. Aí o trailer:

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  • Bob Dylan: Rolling Thunder Revue

    Parte documentário, parte show, Rolling Thunder Revue: A Bob Dylan Story by Martin Scorsese é o registro da caótica turnê de 1975/1976, que contava com Joan Baez, Roger McGuinn, Ramblin’ Jack Elliott, T-Bone Burnett e Joni Mitchell.

    Dia 12 de junho, no NETFLIX.

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  • A NETFLIXização dos Quadrinhos

    É questão de tempo. Mas eu boto fé que num futuro próximo não teremos mais tantos quadrinhos sequenciais nas bancas. Não da maneira como são produzidos hoje. No The Guardian saiu uma matéria apontando para o fechamento das lojas especializadas. Os motivos: o gap entre cinema e quadrinhos aumentou. Hoje o sujeito que sai do cinema não quer mais comprar HQ do mês. Quer a saga completa comprada online com um preço bacana. E aí mata a margem de lucro do comerciante que tem aluguel, salário e impostos para pagar. O outro motivo, segundo a matéria é a quantidade de títulos: 600 a 1000 títulos chegando periodicamente às lojas (isso lá fora). O que fica impossível de acompanhar tudo, financeiramente falando.

    No meio do tiroteiro surge uma editora com uma proposta diferente. A ideia da editora TKO Studios é oferecer logo de cara todos os formatos de séries completas: edições únicas com firulas, encadernadas e a versão para download.

    Pode ser uma saída para o mercado. Mas acho que a ideia funciona bem somente em histórias curtas, em poucos volumes. E, ainda assim, tira do fã o poder de abandonar o compromisso. Imagina ai comprar uma HQ completa em trocentos volumes para descobrir depois que é a história é uma bosta. Hoje, se a HQ é ruim, eu desisto depois de duas edições, no máximo.

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  • ReMastered: O Rei Leão e o Músico Esquecido

    Eu sabia que o filme O Rei Leão (da Disney) já teve problemas de plágio com o anime Kimba. Mas não sabia da treta com o autor da música The Lion Sleeps Tonight, o sulafricano Solomon Linda. A história da música e de como a família do autor foi prejudicada está no documentário ReMastered: O Rei Leão e o Músico Esquecido, em cartaz no NETFLIX.

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  • Só o céu como testemunha

    No NETFLIX: Só o céu como testemunha. O documentário sobre a produção do disco Imagine do John Lennon e da vida do casal nos anos de 1969 e 1971 na bucólica mansão em Tittenhurst Park. Nele dá para entender como a Yoko Ono foi injustiçada e como o casal trabalhou junto na composição de uma das músicas mais importantes do século XX: Imagine.

    John and Yoko: Above Us Only Sky (2018)
    Direção: Michael Epstein
    Aqui.

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  • Prospect

    Eu particularmente gosto quando o filme deixa mais perguntas do que respostas. Mas perguntas especulativas e não buracos no roteiro. No curta Prospect (2014) um pai e uma filha adolescente procuram riquezas numa floresta tóxica de um planeta alienígena. Esse curta serviu de base para o filme Prospect. Mas o final do filme é diferente do final do curta. Ambos dirigidos pela dupla Zeek Earl & Chris Caldwell.

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  • Black Mirror vem aí

    Mais 3 episódios para a quinta temporada.

  • Stranger Things: muito hype e pouca história

    stranger-things-banner

    Se você ainda não viu a série, não leia.

    Stranger Things, a nova série original da Netflix promete muito e entrega pouco. Pra quem nasceu no final dos anos 1970 e começo dos 80, e alugou praticamente tudo que tinha nas locadoras, a série é um apanhado de referências aos filmes que passaram até a exaustão na TV da época: Spielberg (Tubarão, Contatos Imediatos, ET), Viagem ao Mundo dos Sonhos (Explorers), A Coisa, Poltergeist, Goonies, Watchers (O Limite do Terror), Conta Comigo, Firestarter, qualquer filme do John Hughes e do John Carpenter.

    molecada

    E o problema de Stranger Things é justamente esse: muita referência e pouca história. E a lista de referências é gigantesca. Estão lá: o ritmo de narrativa dos filmes do anos 80, a estilosa sequência de abertura, personagens interessantes, a garotinha paranormal, o MKUltra, o monstro e o universo paralelo, o clima de mistério – típico dos suspenses oitentistas, a trilha sonora sensacional da época, os cenários, os figurinos, a dinâmica dos relacionamentos, teenagers, bicicletas e o Dungeons & Dragons. E é isso. Uma colagem, um resumão do que era clichê nos anos 1980. É um remake tão descarado que até a cena dos moleques fugindo de bike do filme ET está lá. Mas sem ser óbvia, o desfecho é outro, em vez de pedalar voando, o carro da polícia é removido telepaticamente da frente das bikes… E é nesse caminho que a série segue, fazendo com que toda cena pareça um remake de alguma outra cena. Legal ficar caçando referência, mas transformar essa caça em esporte já é demais pra mim. A história em si não traz nenhuma novidade e pelo meio da série já dá para ter uma ideia do final.

    Screen Shot 2016-07-27 at 11.30.21 AM
    Os cabelos feios dos anos 80 estão lá

    Stranger Things não passa de um filme de várias horas que se arrasta na construção dos personagens e deixa a história seguir seu ritmo. Lentamente você é conduzido ao final, e quando chega lá, restam mais perguntas do que respostas, deixando o terreno pronto para uma segunda temporada. Missão cumprida: nasce um universo, milimetricamente arquitetado para quem sofre de saudosismo crônico. Mas é aí que mora o perigo. Não acho que a série tem fôlego para mais 5 temporadas de “telepata versus monstro”…

    Para fazer jus ao hype que a série recebe, Stranger Things merecia passar na Sessão da Tarde, dublado. E nada além disso.