A FINA ARTE DA NAVEGAÇÃO ALEATÓRIA.

Pichação x Arte x Graffiti

Pichadores de MG exibem seus crimes na internet – vandalismo


Street Art: matéria

Não gosto de graffiti. Já vi alguns interessantes, como o da foto acima, mas de forma geral não gosto.

O documentário Roadsworth (abaixo em inglês), fala do trabalho do Canadense Peter Gibson que é considerado fora-da-lei em seu pais, mas aclamado como artista pelo mundo afora.

Edai levanto o ovelha-debate: o que é street art? O que é vandalismo?




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Comentários

14 respostas para “Pichação x Arte x Graffiti”

  1. Avatar de Ronnyxxx

    Uma vez ajudei a pichar a caveira do Exploited na parede de uma fábrica lá perto de casa. Era legal passar ali e saber que “fomos nós” que pichamos…Completamente sem noção. Hoje em dia fico puto com pichação. Mas gosto da “arte” do cara do vídeo…tbm não sei explicar.
    Me lembro que por baixo daqueles tuneis da Av. Paulista era um nojo, com umas pichações de nomes de gangs e frases umas por cima das outras.
    Daí começaram a fazer os desenhos e painéis e tudo ficou melhor.
    Acho que a idéia de “sujo” é que fode com os pichadores.

  2. Avatar de Bruno
    Bruno

    Então, cara, o grande lance é que há uma diferença óbvia na própria intenção de quem pinta. Como fica evidente de cara qual a proposta, isso (acho que) muda até a reação de quem foi ‘vandalizado’ – nunca aconteceu comigo então não tenho coragem de afirmar categoricamente se é ou não. O que não dá pra negar é que tem uma diferença enorme entre alguém ir até o muro da sua casa e escrever um nome idiota qualquer com uma letra que só os imbecis amigos dele vão entender, e um cara ir lá e pintar alguma coisa que vá fazer as pessoas pensarem, ou que vá promover algum efeito estético, qualquer um. Exemplos disso são o cara que pinta o ‘o amor é importante, porra’, e esse pessoal que faz trampos bem resolvidos – Gêmeos, TitiFreak, etc.

  3. Avatar de Homem Robô

    Adoro graffiti e na rua dá pra sacar quem quer aparecer, quem tem talento e e quem quer só fazer um vandalismo, pra mim, é o idiota que mete spray ou rolinho numa placa de trânsito, prejudicando a comunidade, mas a regra é clara: é questão de interpretação.

    E, na boa, ainda assim, desconfie de alguém que pinta seu nome em letras com mais de 20cm numa parede qualquer.. é egocentrismo puro, muito confundida com arte/subversão.

  4. Avatar de Homem Robô

    Ei Ronny, o buraco da Paulista, agora, tem uma leva de graffitis de vários grafiteiros. Mas antes, tinha um graffiti pseudo-sério, de umas reproduções de quadros, com moldura e tals.. aquilo não era graffiti, aquilo era medonho, era um graffiti pra playboizada que vai pra Vila Madalena não ficar com medo do caos de SP. Era o graffiti de “shopping center” que tem rolado e muito por aqui. Prefiro o caos. O do Rui Guerra, aqueles bichões amarelos, continua lá, megacolorido.

  5. Avatar de Ralf Romero
    Ralf Romero

    o grande problema da questão é a SUBJETIVIDADE. se me agrada é arte. se eu não gosto e vandalismo… e não há certo ou errado pra isso.

    o trabalho do Peter Gibson é genial. os vagabundos que pintam o nome ou o simbolo da “trocida jovem Fla” em uma parede são vandalos. mas tudo o que está no meio desses extremos, é subjetivo… se alguém faz um grafite que é feio, isso é vandalismo ou arte (com uma dose de falta de talento)?

    na questão de street arte, deve ser levar em consideração também o item PERMISSÃO. o que pode ser usado como canvas?

  6. Avatar de Homem Robô
    Homem Robô

    totalmente subjetivo Ralf, mas vandalismo é depredar alguma propriedade, pública ou privada… se o Van Gogh pinta uma pica na tua parede é vandalismo, agora se ele faz uma frôzinha é arte? e aí? na dúvida, tudo é proibido.

    O problema nem é tão o que é o que não é graffiti/vandalismo. É a maneira como a mídia vende isso. Se te vendem que o artista francês da vez veio rabiscar umas paredes aqui, é arte. Se é o maninho da ZS, marcando seu terreno, é vandalismo. Se você é grafiteiro o segredo é contratar uma assessoria de imprensa, e fazer como muito grafiteiro de hoje, batizar o graffiti de intervenção, bolar um discurso “artístico” e chamar a TV cultura para cobrir o evento.

    Mas o que eu sinto falta dos graffitis daqui é de algum recado. Arte tem. Falta mensagem. Falta uma crítica. Vi um graffiti na Berrini criticando o aumento do busão. O cara foi lá e deu o recado dele. Aqui tem MUITO grafiteiro só faz arte pra que, um dia, sua arte vá parar em alguma galeria de bacana. Tirando, é claro, a galera que faz graffiti faz uma cara e realmente merece estar em museu/galeria. E se algum bacana quiser pagar, sem crise.

  7. Avatar de Zé

    O artista em questão no vídeo faz uma coisas bem legais, no chão, realmente o que chamam de intervenção.
    O ruim é quando pintam Kdaver ZL no seu muro, sem cerimônias. Isso é foda. Inclusive já vi em alguns lugares (bem poucos é verdade), alguém que escreveu junto com o nome do fulano “bicha”, “dá o cu”, etc….. só prá zuar o idiota que pixou seu nome em letras cuneiformes.
    Eu não sei se gostaria de ter algo escrito no meu muro ou desenhado, que seja. Não é barato mandar pintar um muro prá alguém vir e zuar sem permissão.

  8. Avatar de Bruno
    Bruno

    Essa discussão toda me lembra um artigo que li muito tempo atrás em que o cara questionava o conceito de crime contra a propriedade? Como assim crime contra a propriedade? À primeira vista parece simples, principalmente pra quem já teve um muro pintado, mas como é que se pensa em crime contra um muro? Tem essa questão da subjetividade que obviamente é relevante, mas a questão tá de fato na intenção do cara que intervém onde quer que seja. Roda de bicicleta é meramente funcional, até um cara (“o” cara) levar pra uma galeria de arte e aquilo virar arte. Agora, o que não dá é pra pensar num contexto em que todo mundo começa a levar roda de bicicleta pra galeria chamando de arte. A proposta do cara era questionar paradigmas e, a partir da hora em que ele obtém algum sucesso com isso, quem vem depois tem por obrigação aproveitar os novos espaços que surgiram. Pro graffiti vale o mesmo pensamento. Se o Banksy já foi lá e questionou as instituições e o escambau com o trampo dele, não dá mais pra aceitar como válido o nome de um mané escrito com letras que só existem na cabeça dele. Aí é que tá a estupidez de prenderem a doidinha que pintou a parede da Bienal: que espaço é mais inquestionavelmente propício pra isso do que o espaço institucionalizado da subjetividade e do questionamento?

  9. Avatar de Pierre

    Não entendo a confusão entre pixo e grafitte. Outra coisa, Arte e Vandalismo, não são antônimos. Uma coisa pode ser arte e vandalismo ao mesmo tempo.

  10. Avatar de Bruno
    Bruno

    @Pierre
    Fuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuu

  11. Avatar de mooney

    pierre matou a questão.

  12. Avatar de Homem Robô

    entao, é tudo subjetivo

  13. Avatar de Zé

    e como diria Tim Maia: Tudo é tudo e nada é nada!

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